Stuart Price não desapontou e fez, como já era previsto, um trabalho muito consistente em que uma faixa se conecta à próxima com perfeição, apesar de não ser um tour de force (uma mixada na outra) como "Confessions On A Dance Floor".
As comparações entre "Aphrodite" e "Confessions", aliás, serão invevitáveis. Mas a diferença está exatamente no que o próprio Stuart declarou: enquanto Madonna é mais agressiva, Kylie é mais instintiva. E, sem sombra de dúvidas, este álbum é classic Kylie. É um pop pra cima, feliz. E, talvez exatamente por isso, tenha tanto o jeito da cantora.
Este é definitivamente o aguardado comeback de Kylie e a música que dá nome ao álbum inclusive brinca com isso "It's the truth, it's a fact, I was gone and now I'm back" ("É a verdade, é um fato. Eu estava sumida, mas agora estou de volta.").
Por mais que eu goste muito de "X", é em "Aphrodite" que sentimos a essência de Kylie. É um álbum que lembra um pouco suas melhores eras "Light Years" e "Fever", mas com um novo twist, que o torna mais interessante do que estes dois. E, digo sem medo, que "Aphrodite" é o tipo de álbum que se ouve do começo ao fim, sem pular nenhuma faixa.
Apesar de gostar dele inteiro e achar que "All The Lovers" foi a escolha certa para primeiro single, minhas favoritas são, por ordem de preferência, "Aphrodite", "Get Outta My Way", "Too Much" e "Put Your Hands Up".
"Aphrodite" é apaixonante pelo mix marching band/nu disco e pela letra, que eu acho demais. "Get Outta My Way" é a escolha certa para segundo single, de novo, classic Kylie with a twist (of lemmon, maybe). "Too Much" eu esperava mais, mas tem como não gostar de uma música escrita por Jake Shears (Scissor Sisters) e produzida pelo Calvin Harris? "Put Your Hands Up", por sua vez, é uma música capaz de levantar o ânimo de qualquer um e, se for single, será um hit certo.
Fiquei muito feliz com este álbum. Mais uma vez, ela conseguiu se superar.
Welcome back Kylie! Sentimos sua falta ;)