Esta semana vazou o novo álbum da Christina Aguilera, "Bionic". Muita expectativa foi criada em razão dos colaboradores anunciados pela própria cantora, como Goldfrapp, M.I.A., Santigold, Sia, Ladytron e Le Tigre. Logo, o álbum seria mais alternativo do que seus trabalhos anteriores e, até mesmo, inovador, certo? Bem, o resultado final, apesar de ser muito bom, não chega a ser nem uma coisa e nem outra.
Depois de ouví-lo por inteiro, eu diria que "Bionic" falhou em explorar o seu conceito inicial. Ele está dividido em faixas moderninhas, faixas que querem ser moderninhas e não são, baladinhas clássicas da Aguilera e outras que não se encaixam em lugar nenhum.
Parece que simplesmente jogaram um monte de música no mesmo álbum, como uma compilação. O estranho é que nem sempre parece ser Christina cantando as músicas, como se ela se adaptasse aos estilos de cada produtor com quem trabalhou. Mas, se consideradas isoladamente, as faixas surpreendem e acabam sendo muito boas em sua maioria, com produções impecáveis.
Muitos que viram o vídeo para o primeiro single "Not Myself Tonight" a acusaram de plagiar Madonna e Lady Gaga. Sim, há uma "coincidência" muito grande de figurinos, cenários e coreografias, a ponto de a própria Aguilera confessar sua "homenagem" à Rainha do Pop. Mas há também muito exagero nas acusações de plágio.
Saindo um pouco dessa polêmica, a verdade é que o primeiro single é uma das músicas mais inexpressivas do álbum e definitivamente a escolha errada como música de trabalho. É uma música que repete o conceito "não se reprima", explorado exaustivamente por todos os artistas pop desde os anos 70 e só mostra que Christina queria mesmo causar impacto em seu aguardado retorno.
Por outro lado, o álbum conta com algumas músicas excelentes e uma arte gráfica linda, feita pelo grafiteiro britânico D*Face. Na minha opinião, as 5 melhores são as seguintes:
- "Bionic": produzida pelo DJ Switch, que já produziu algumas músicas da Santigold e dá essa mesma vibe eletrônica/caribenha ao início do álbum;
- "Elastic Love": produzida pela cantora/produtora absurdinha M.I.A., famosa por "Paper Planes" e "Bucky Done Gun" (que usava um sample da Deize Tigrona), dá um tom bem electro moderninho à Christina;
- "Glam": Aguilera explora um pouco mais o electro nesta faixa que parece ter sido feita para seus fãs gays, falando de poses, glamour, moda, etc;
- "My Girls": esta conta com a participação da cantora indie Peaches e foi produzida pela banda electroclash Le Tigre. A interação entre Aguilera e Peaches ficou bem interessante nessa música que parece ter sido feita para as pistas mais bacanas e alternativas;
- "Lift Me Up": de longe a melhor balada de todas. Escrita e produzida pela Linda Perry, responsável por outros hits da Aguilera, como "Beautiful".
Mas não são apenas essas 5 que sustentam o álbum. O divertido segundo single "Woohoo" vale ouvir just for fun e as músicas "You Lost Me" e "I Am" (compostas pela cantora/compositora australiana Sia) nos lembram o grande diferencial de Aguilera para as demais: sua voz incrivelmente potente.
Todas as outras músicas, incluindo o primeiro single "Not Myself Tonight", soam como faixas feitas para dar volume ao tracklist, especialmente "Desnudate" e "Vanity" - as piores de longe.
No entando, após ouvir algumas vezes o álbum todo e relevar a falta de conexão entre as faixas, escrevo sem culpa alguma que gostei bastante do resultado. Só acho que Aguilera deveria ter explorado mais a veia eletrônica e deixado de lado, por enquanto, suas famosas baladas.
Ficamos ainda no aguardo de 5 faixas que estarão presentes na edição especial do álbum, que trazem duas colaborações prometidas e ausentes no álbum original: "Monday Morning" (Santigold) e "Birds Of Prey" (Ladytron).
Agora, Christina darling: cadê as porras das músicas escritas/produzidas pela dupla Goldfrapp?
Depois de ouví-lo por inteiro, eu diria que "Bionic" falhou em explorar o seu conceito inicial. Ele está dividido em faixas moderninhas, faixas que querem ser moderninhas e não são, baladinhas clássicas da Aguilera e outras que não se encaixam em lugar nenhum.
Parece que simplesmente jogaram um monte de música no mesmo álbum, como uma compilação. O estranho é que nem sempre parece ser Christina cantando as músicas, como se ela se adaptasse aos estilos de cada produtor com quem trabalhou. Mas, se consideradas isoladamente, as faixas surpreendem e acabam sendo muito boas em sua maioria, com produções impecáveis.
Muitos que viram o vídeo para o primeiro single "Not Myself Tonight" a acusaram de plagiar Madonna e Lady Gaga. Sim, há uma "coincidência" muito grande de figurinos, cenários e coreografias, a ponto de a própria Aguilera confessar sua "homenagem" à Rainha do Pop. Mas há também muito exagero nas acusações de plágio.
Saindo um pouco dessa polêmica, a verdade é que o primeiro single é uma das músicas mais inexpressivas do álbum e definitivamente a escolha errada como música de trabalho. É uma música que repete o conceito "não se reprima", explorado exaustivamente por todos os artistas pop desde os anos 70 e só mostra que Christina queria mesmo causar impacto em seu aguardado retorno.
Por outro lado, o álbum conta com algumas músicas excelentes e uma arte gráfica linda, feita pelo grafiteiro britânico D*Face. Na minha opinião, as 5 melhores são as seguintes:
- "Bionic": produzida pelo DJ Switch, que já produziu algumas músicas da Santigold e dá essa mesma vibe eletrônica/caribenha ao início do álbum;
- "Elastic Love": produzida pela cantora/produtora absurdinha M.I.A., famosa por "Paper Planes" e "Bucky Done Gun" (que usava um sample da Deize Tigrona), dá um tom bem electro moderninho à Christina;
- "Glam": Aguilera explora um pouco mais o electro nesta faixa que parece ter sido feita para seus fãs gays, falando de poses, glamour, moda, etc;
- "My Girls": esta conta com a participação da cantora indie Peaches e foi produzida pela banda electroclash Le Tigre. A interação entre Aguilera e Peaches ficou bem interessante nessa música que parece ter sido feita para as pistas mais bacanas e alternativas;
- "Lift Me Up": de longe a melhor balada de todas. Escrita e produzida pela Linda Perry, responsável por outros hits da Aguilera, como "Beautiful".
Mas não são apenas essas 5 que sustentam o álbum. O divertido segundo single "Woohoo" vale ouvir just for fun e as músicas "You Lost Me" e "I Am" (compostas pela cantora/compositora australiana Sia) nos lembram o grande diferencial de Aguilera para as demais: sua voz incrivelmente potente.
Todas as outras músicas, incluindo o primeiro single "Not Myself Tonight", soam como faixas feitas para dar volume ao tracklist, especialmente "Desnudate" e "Vanity" - as piores de longe.
No entando, após ouvir algumas vezes o álbum todo e relevar a falta de conexão entre as faixas, escrevo sem culpa alguma que gostei bastante do resultado. Só acho que Aguilera deveria ter explorado mais a veia eletrônica e deixado de lado, por enquanto, suas famosas baladas.
Ficamos ainda no aguardo de 5 faixas que estarão presentes na edição especial do álbum, que trazem duas colaborações prometidas e ausentes no álbum original: "Monday Morning" (Santigold) e "Birds Of Prey" (Ladytron).
Agora, Christina darling: cadê as porras das músicas escritas/produzidas pela dupla Goldfrapp?