O show da Kylie Minogue neste último sábado foi incrível!
Mas, em termos de tecnologia, ele deixou um pouco a desejar, principalmente pelas mudanças em sua infra-estrutura original européia (muito melhor), como já comentado no post anterior: o telão atrás não se movimentava, o piso do palco era normal e não projetava imagens e não houve nem a caveira e nem o arco, nos quais ela saía de dentro dos telões.
Outra questão que poderia prejudicar o show, mas não o fez, foi o corte no setlist das músicas. Ficaram faltando as músicas inéditas cantadas na Europa (Ruffle My Feathers e Flower), além das ótimas Nudity, Sensitized, Come Into My World, I Believe In You, I Should Be So Lucky. Ao que tudo indica, alguns dos cortes foram feitos em razão de problemas com sua voz, ocorridos durante sua performance no Peru.
Contudo, Kylie compensou com seu carisma e simpatia. Ela chegou a dizer no meio do show que sempre quis cantar por aqui. Mas, ao contrário de muitos outros cantores e artistas, era nítido que ela estava sendo verdadeira, pois seu sorriso ia de orelha a orelha, especialmente por causa do público, que não só dançou todas as músicas como também cantou todas as letras, o que a deixou surpresa. Sua banda é excelente (como ela mesma fala, além de talentosos, seus integrantes são muito bonitos, em especial suas backing vocals), os dançarinos idem e o figurino ficou por conta de Jean Paul Gaultier (responsável pelo sutiã em forma de cone usado pela Madonna em sua turnê Blond Ambition, nos anos 90), o que faz com que a Kylie fique muitas casas à frente no tabuleiro do mundo pop.
Atendendo a pedidos do público ela sambou (pra valer) e cantou [pausa dramática] a música The One, que, como eu já havia dito, havia sido cortada do setlist. Antes de cantar ela soltou que só a cantaria porque realmente nos amava. Ao que tudo indica, a música substituída foi No More Rain, também do álbum X, e, para mim, este foi o auge do show (além do fato de estar muito bem acompanhado por muitos dos meus amigos e de duas pessoas muito especiais). Não contente, o povo pediu que ela cantasse Come Into My World, do álbum Fever (2001), mas esta ela cantou acapella e apenas um pedaço, dizendo que o público brasileiro era impossível.
Para a maior parte do público, o pico foi a excelente In My Arms, terceiro single do álbum X e o mais divulgado pelas rádios e canais de clipes brasileiros. E de fato foi uma apresentação incrível.
Na minha opinião, ninguém se compara à Madonna quando o assunto é espetáculo. Sou fã dela, como todos sabem. Mas a Kylie conseguiu unir em sua turnê X 2008 um show espetacular, dentro de seus limites, mas com um clima mais intimista, como um show feito para poucas pessoas. Sem contar que, definitivamente, ela é bem mais simpática do que a Rainha do Pop e sua personalidade faz com que seu show seja único.
Apelidada de Princesa do Pop, Kylie demonstra que não é preciso ser Rainha pra estar no topo.
Um comentário:
Faço minhas as suas palavras, principalmente: "Apelidada de Princesa do Pop, Kylie demonstra que não é preciso ser Rainha pra estar no topo."
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